segunda-feira, 16 de junho de 2008

Comer bem para se viver bem

Observando os hábitos alimentares atuais, nos deparamos com a evidente necessidade da reeducação alimentar no cotidiano das pessoas. Isso pela preocupação com a saúde e qualidade de vida, além do surgimento de novos padrões de beleza e aceleração do ritmo do dia-a-dia da sociedade.


As pessoas nem sempre por espontânea vontade, reformulam a lista de alimentos que ingerem diariamente. Tendo em vista o aumento da incidência das inúmeras doenças relacionadas a má alimentação, como as do coração, obesidade e diabetes, os indivíduos são obrigados a alterar sua conduta alimentar para manter uma vida saudável, livre das consequências que a insistência em manter antigos hábitos causaria. Essas mudanças, que aos olhos de muitos podem parecer desvantajosas em torno das privações, na realidade proporcionam a quem as adota alterações significativas em aspectos como imunidade á doenças e disposição para atividades físicas, desse modo realizam até mesmo melhoras emocionais.


Além disso, com a intensidade da propagação dos conceitos de corpo perfeito na mídia, a vaidade crescente faz com que o culto á beleza seja propulsor de uma nova consciência diante da comida que ingerimos. Surge então o interesse em não somente alimentar-se, mas também em tirar benefício do que nos é vital . Frutas, verduras e afins, sendo alvo central de incontáveis dietas emagrecedoras, fazem de doutrinas alimentares já milenares, como o veganismo e o vegetarianismo atualmente populares. Como também a “febre” por inúmeros compostos e chás ditos como milagrosos e o interesse em conciliar a estes, a ginástica aeróbica e musculação por exemplo, de modo a acelerar os resultados proporcionados.


Ao mesmo tempo, focando o cardápio adotado pela parcela considerável daqueles que não prezam pelo bem-estar da própria saúde, não podemos ignorar a causa principal do sucesso inquestionável dos gordurosos fast-foods - a brusca alteração nos ritmos de vida diária da população. Observamos esse fato no que em tempos atrás era um comum ritual - sentar-se á mesa com a família para realizar refeições - costume cada vez menos oportuno diante das tarefas que parecem inexecutáveis em apenas 24 horas diárias. Assim as pessoas optam por comidas de preparo rápido e que saciam de forma imediata, pensando em poupar tempo sem levar em consideração o ônus e o bônus que essa escolha resulta.


Acerca dos fatos, a necessidade da inserção de bons hábitos alimentares em nossas vidas é evidente se levarmos em conta que os minutos poupados da conturbada rotina no preparo de uma ou outra refeição nos acompanham diante de uma vida inteira na forma de danos. As consequências desses hábitos inadequados nos são visíveis em muitos fatos, e cabe a nós começar a fazê-los escassos antes que assim eles nos faça.


sábado, 14 de junho de 2008

Anos Rebeldes

Anos rebeldes é uma minissérie escrita por Gilberto Braga, exibida pela Rede Globo no dia 14 de julho de 1992.

A minissérie nos ajuda a compreender um pouco sobre os acontecimentos e os porquês de algumas revoluções do nosso país. Retrata o golpe militar, a ditadura, os movimentos estudantis, os pensamentos daqueles jovens revolucionários, enfim, fatos que marcaram para sempre a vida do povo brasileiro.

Foi lançado em 2003 o DVD da minissérie. Uma ótima oportunidade de passar o tempo se atualizando com história do nosso país.

Eu assisti a série e valeu a pena!

http://br.youtube.com/watch?v=fkUg0YVeRIk&NR=1



“E se o golpe militar de 64 não tivesse acontecido? E se a revolução sexual não estourasse? E se não houvesse um mundo dividido em direita e esquerda? E se rótulos como alienado, engajado, revolucionário e reacionário jamais tivessem tido peso? E se os hippies não começassem a usar calças jeans? E se a individualista Maria Lúcia jamais se apaixonasse pelo idealista João Alfredo? E se a doce burguesa Heloísa não partisse para a luta armada? E se uma certa minissérie não fosse exibida em 1992, no momento em que os estudantes pintavam a cara para pedir o impeachment do presidente Fernando Collor? Os caminhos para as respostas de tais perguntas estão na minissérie Anos Rebeldes, que acaba de ganhar uma brilhante adaptação para DVD, lançado pela Som Livre”.

Ficção Polêmica



Foi transmitida pela rádio CBS uma das maiores histórias da comunicação. No dia 30 de outubro de 1938, véspera de halloween, Orson Welles narrou “Guerra dos Mundos”, um romance escrito por H. G. Welles.

A rádio seguia com sua programação habitual de músicas, quando é interrompida e Orson Welles anuncia que um enorme meteoro caiu em Grovers Hill, no Estado de Nova Jersey próximo à Nova York.

A programação da rádio é interrompida constantemente com notícias sobre a invasão dos alienígenas. Um repórter no local do ataque descreve os acontecimentos ao vivo com ruídos dos ataques, tudo muito convincente.

Welles só informou no início e no final do programa que era uma obra de ficção, mas as pessoas que sintonizavam a rádio no momento da narrativa, acreditavam inteiramente na história.

O que foi suficiente para a população que escutava a transmissão, saíssem às ruas desesperadas, pensando que realmente o mundo estava em guerra.
Várias pessoas fugiram de suas casas, outras ligavam para seus familiares se despedindo e outras até morreram de enfarte.

Foi um tumulto geral. De 6 milhões que escutavam a rádio, 1,2 milhão entraram em desespero.
Orson Welles declarou que tudo não passava de uma obra de ficção e queria que todos se impressionassem na véspera de hallowen.

O engraçado é que nos dias de hoje, fica uma pergunta em nossas cabeças “quem creditaria numa história dessas?”, mas temos que lembrar, que naquela época, a rádio tinha um enorme poder que a televisão e internet têm hoje. Particularmente não me assustaria se acontecesse um fato polêmico com a mesma repercussão, a única diferença é que mudariam os meios de comunicação.

Todd Gitlin fala de 68


O ano de1968 foi de grandes acontecimentos polêmicos no mundo inteiro. Esse período mudou para sempre a forma de ver a vida.

Foi a época dos protestos contra a Guerra do Vietnã, dos direitos dos homossexuais, da livre experimentação de drogas, do movimento feminista e a Revolução Cultural existente até hoje.

O americano Todd Gitlin, sociólogo e professor universitário de jornalismo, viveu o ano de 1968 como observador e participante. Todd fala que aquele foi o ano em que havia mais esperança e fúria. O ano do assassinato de dois grandes representantes, Martin Luther king e Bobby Kennedy, que resultou em tumultos urbanos e gerou vários problemas.

Sobre a política dos EUA, Todd explica que, em 1968, havia uma luta da esquerda contra direita. A polarização, nos EUA, tinha sido impulsionada pelo movimento dos direitos civis. Sem a guerra do Vietnã, o desenvolvimento seria mais tranqüilo e menos conflituoso do que foi.

Na época de 1960, Todd Gitlin foi presidente do SDS (Students for a Democratic Society), um movimento radical e bastante influente na época. Ele escreveu um livro para mostrar um pouco da herança política de 1968, e seus laços com o passado, o presente e o futuro dos EUA. O livro chama “Os anos 60 – Anos de esperança, dias de ira”.

É fato que 1968 marcou a humanidade. Após todos esses acontecimentos, não só os EUA como o mundo, anda crescendo e desenvolvendo, lentamente, mas com uma visão diferente.

Hippie: Moda ou forma de se expressar


Se perguntarmos aos jovens de hoje em dia o que é ser “hippie”, a grande maioria alegará desconhecimento e poucos, na qualidade de estudiosos, dirão que foi um movimento nascido na década de 1960 e que teve com centro o lema “Paz e Amor” e “É proibido proibir”. Pregavam liberdade da mulher, a pílula, “sexo, drogas e rock in roll”. Alguns desavisados chegam a pensar que ser hippie era adotar um estilo de moda e mais nada. Porém este movimento foi além desta visão simplista e distorcida sobre aquela geração.


Mas, se voltarmos exatamente ao ano de 1968, vamos entender um pouco de como e porquê surgiu o movimento hippie, o porquê das roupas estampadas e coloridas, o modo de pensamento e outras características desse movimento.

No ano de 1968, mais conhecido como o ano que não terminou, aconteceram fatos que marcaram a história mundial. Foi o ano que surgiu a rebeldia dos jovens que lutavam por um mundo melhor e mais livre. Foi quando surgiu o movimento estudantil que contestava a sociedade e seus costumes, as guerras, a economia de mercado, os sistemas de governos totalitários, a falta de liberdade da mulher, dos jovens, etc.


O movimento e a cultura hippie nasceram nos EUA e se espalharam pelo mundo. Eram jovens com alto poder aquisitivo e escolarizados que não aceitavam as injustiças e desigualdades, eram impacientes e não aceitavam o estilo de vida que a sociedade estabelecia. Eles adotaram esse estilo com o lema “Paz e Amor”. Deixaram o conforto da sociedade para viver em comunidades perto da natureza. Deixavam o capitalismo de lado e tomavam decisões em conjunto. Ninguém comprava nada de ninguém. Eram feitas trocas entre os moradores das comunidades.


Eles defendiam o amor livre e a não-violência e adotaram religiões como budismo e hinduismo e outras que estavam em desacordo com os valores tradicionais da classe média. A meditação e o incenso eram muito utilizados na cultura hippie. Eram símbolos quase religiosos, os hippies eram contra todas as guerras e defendiam o “amor livre”, que significa amar o próximo.


O estilo ficou marcado pelas roupas coloridas, estampadas e fazia alusão aos símbolos do movimento: paz e amor, além de flores e motivos orientais. Cabelos longos em ambos sexos, calças boca-de-sino, camisas tingidas, roupas de inspiração indiana, sandálias, túnicas.


Muitas pessoas que não eram a favor do movimento hippie achavam uma ofensa homens com cabelos grandes, pois consideravam coisa de mulher e anti-higiênico. Eles utilizavam drogas livremente como maconha, LSD, heroína e cocaína. Adotaram o prazer livre, seja físico, sexual, intelectual, ou tecnológico.


Os tipos de músicas que ouviam sempre tinham uma mensagem, seja defendendo a cultura deles ou criticando a sociedade. No Brasil, escutava-se muito Raul Seixas, Mutantes, Beatles e Bob Dylan. Aconteciam grandes festivais que atraíam vários jovens, que além de se divertirem debatiam idéias. Esses festivais começaram a crescer tanto que foram proibidos em alguns lugares.


Os hippies acreditavam que poderiam mudar o mundo levando sua filosofia de paz e amor. De uma certa forma, mudaram, pois até hoje existem pessoas que aderem à cultura hippie e levam essa filosofia para o mundo. Aliás, os jovens de hoje não sabem o quanto foi importante o movimento hippie. Aqueles cabeludos ajudaram de uma certa forma a mudar a visão do mundo em relação a desigualdade social e à luta contra a guerra.


Um autor desconhecido nos legou o seguinte pensamento sobre este movimento: “Para ser um hippie você deve acreditar na paz como a maneira resolver diferenças entre povos, ideologias e religiões. A maneira à paz é com o amor e a tolerância. Amar significa a aceitação de outra enquanto é, dar-lhe a liberdade para expressar-se e não os julgar baseados em aparências. Este é o núcleo da filosofia do hippie”.


Uma excelente dica para se assistir é o filme “HAIR”, uma obra fantástica sobre este tema.

http://br.youtube.com/watch?v=t8qh3XF1rYM